sexta-feira, junho 18, 2010

História a Lição do jabuti



A águia abriu as grandes asas e ergueu vôo. E viu na Floresta Maravilhosa vários porquinhos brincando de rolar pela grama. “Onde estará a mãe deles?” – pensou ela. E, como não vise Dona Porca pelas redondezas, voou com rapidez em direção aos porquinhos e... zás! Levou um para o seu ninho na Montanha Azul.

Pare de chorar, disse a águia. Não vou lhe fazer mal. Eu vivo sozinha e você será tratado como se fosse um filhote meu.Mas o porquinho continuava a chorar, cada vez mais alto, chamando pela verdadeira mãe.- Já lhe disse para não chorar nem gritar. Não quero ficar irritada e castigar você.






Enquanto isso, lá em baixo, Dona Porca e seus filhinhos continuavam desesperados com o que acontecera. Foi quando vários animais, ouvindo lamentações, aproximaram-se, perguntando o que houve.
















- A águia levou para o pico da montanha um de meus filhinhos! Ajudem-me! Por favor, ajudem-me! Quero meu filhinho mais novo de volta!Os animais entreolharam-se- Eu gostaria de ajudá-la, disse o urso. Mas não posso, não tenho forças para subir a montanha, que é muito alta!- E o senhor coelho?- Eu?- Sim, pode me ajudar?O coelho sacudiu a cabeça, negativamente.- Ah, não posso... Tenho medo de dona Águia!Nesse momento, aproximou-se devagarzinho o jabuti conhecido pelo apelido de “Capacete”, devido à sua casca. E foi logo dizendo:- Se a dona porca quiser, estou aqui para ajudá-la. Os animais deram uma gargalhada.- Ajudar com essas pernas curtinhas e esse corpo pesado? Exclamou o esquilo rindo.- Você não conseguirá com essas perninhas e com esse peso chegar ao pico da montanha! É melhor desistir, acrescentou a corsa, achando, também graça.
















O jabuti, muito sério, respondeu:- Deus ajuda quem tem boa vontade. Eu sou pesado e tenho as pernas curtas, é verdade. Mas com minha vontade hei de trazer de volta o filhinho de dona porca.E começou lentamente a subir a montanha. Gastou muito tempo para chegar ao alto. A águia, felizmente, fora buscar alimentos, longe... O porquinho, ao ver o jabuti, saiu do ninho e correu ao seu encontro.
















- Graças a Deus alguém veio me salvar! Rezei tanto para isso! Como está minha mãezinha?- Sua mãe e seus irmãos estão bem, respondeu o jabuti, respirando com dificuldade. Eu é que não estou... Deixe-me respirar um pouco... Pronto! Agora sim, estou ótimo!- Como fugir daqui? Não sei o caminho de volta e você, Capacete, não consegue correr. A águia nos pegará... Ela vai voltar de um momento para o outro!

















- Tenha fé em Deus e encontraremos uma solução.- Olhe! Exclamou de repente o porquinho, arregalando os olhos. Veja aquela nuvem negra... É a águia! Ela chegará dentro de pouco tempo! O que fazer?- Orar meu amiguinho. A prece remove montanhas! E nós estamos em uma montanha... Oremos já!E começaram a orar o Pai Nosso. Após a prece, ambos viram aparecer o espírito luminoso do pai do jabuti, que disse:- Ouvi o pedido de socorro e vou ajudá-los. Ao pé desta montanha existe um grande lago de águas azuis. Vocês devem mergulhar nele.

















- Eu sei nadar muito bem. Foi o senhor que me ensinou! Respondeu o porquinho.- Depressa meu filho. Faça o que eu disse! A águia já está chegando. Mergulhe no lago com seu amiguinho... Coragem!O jabuti pediu que o porquinho se agarrasse firme em seu casco.- Segure com mais força. Assim!
E ambos se atiraram no lago... Tibum! Exatamente quando a águia pousava no ninho.Dona porca, quando viu o filhinho chegar carregado pelo jabuti, correu ao seu encontro, chorando de alegria.O jabuti, humilde, olhava os dois.- Deus lhe pague pelo que fez! Disse dona Porca. Realizou uma façanha que muitos animais grandes e ligeiros não seriam capazes! Como conseguiu?















- Com a minha fé! Respondeu o jabuti.E, lentamente, afastou-se, enquanto pensava:- Eu nada sou, mas, estando com Deus, que pode o mundo contra mim?

Fim
Do Livro "O Besouro Casca Dura e outras histórias"
De Iracema Sapucaia

quinta-feira, junho 17, 2010

A fé raciocinada

Plano de Aula


Objetivos: Mostrar que fé é acreditar em algo, não só em Deus, mas em tudo. Acreditar sempre no bem é ter fé..... quando desanimamos, não estamos usando nossa fé. Apresentar a fé raciocinada que a doutrina nos incentiva a estudarmos, entendermos para poder acreditar.Formar na criança o conforto da fé, a paz que a fé em Deus (sabermos que Ele nos ampara sempre) nos traz ao coração, e a capacidade de entendimento e questionamento, incentivar o estudo, para exercitar a fé raciocinada.



MATERIAL: Uma vela (de preferência, não a tradicional, branca, mas uma enfeitadinha), retângulos de cartolina de aprox. 20x30cm coloridos, papeizinhos para a gincana com perguntas sobre a estória contada e sobre a fé.


Prece Inicial


Primeiro momento: INCENTIVAÇÃO INICIAL:
Perguntar:-O que é fé? (escrever Fé no quadro)
Fé: certeza, crença em algo. É a firme convicção de que algo seja verdade, sem nenhuma prova de que este algo seja verdade, pela absoluta confiança que depositamos neste algo ou alguém.
A fé descansa na certeza.
A fé é a certeza…
É possível nutrir um sentimento de fé (crença) em relação a:. Uma pessoa (mãe, pai, amigo, padre, santo, Emmanuel, Chico Chavier, etc.). Um objeto (imagens, velas, medalhas, etc.). Nas coisas (horóspoco, sorte, rituais, etc.).
Um pensamento filosófico (“Quanto mais aprendo, mais me dou conta da minha ignorância”; “A ciência sem a religião é paralítica e a religião sem a ciência é cega”;“Fé inabalável só é a que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade – Allan Kardec.”
. Uma crença popular (a voz do povo é a voz de Deus). Em dogmas de uma determinada religião (comunhão, promessa, correntes, etc.)A fé pode ter muitos significados e é mais comum falarmos na fé em Deus.Quando temos crenças religiosas, aceitamos a visão dessa crença como verdadeira, mas, tendo tal compromisso com tal religião não é necessário que sejamos cego, fanáticos ou submissos na crença. Sob esse aspecto, podemos falar ou compreender dois tipos de fé: Fé cega e a Fé raciocinada.
  • A Fé cega é quando alguém diz algo que mesmo fugindo a razão, acreditamos e aceitamos sem questionar. Ex.: “Existe dois Deuses, o Deus do bem e o Deus do mal (diabo).”
  • A Fé raciocinada ao invés de aceitar sem questionar o que me dizem, eu analiso, busco informações, pesquiso, procuro pessoas, livros que venham esclarecer sobre o que ouço. Um grande exemplo de Fé raciocinada é o que Allan Kardec nos deu. Ocorridas às manifestações das mesas girantes em 1854 não negou a princípio, mas observou para crer, questionou os próprios espíritos, analisou suas respostas e pela razão e fé constatou a verdade da existência da alma após a morte e existência do mundo espiritual, surgindo então enfim, O Livro dos espíritos.E é assim no estudo dos fatos Espíritas. O espírita tem o dever de estudar e conhecer os princípios básicos de sua doutrina. A fé raciocinada só pode ser adquirida através da instrução. Para amar e auxiliar o próximo o espírita não pode estacionar na ignorância, precisa aprender, adquirir conhecimentos, instruir-se.Jesus falou, ensinou e deu muitos exemplos de fé.
  • Há muitas passagens na bíblia que descrevem a fé sublime que Jesus gozava, e de todo o seu coração, em Deus.Uma vez, quando Jesus estava ensinando o povo, vieram alguns homens mandados por um centurião (é um soldado) trazendo um recado pedindo ao mestre que curasse um empregado seu. Jesus ia até a casa desse soldado, mas ele disse que não era digno que ele entrasse em sua casa que Ele dissesse só uma palavra e seu empregado seria curado. E ainda disse que sabia que Jesus era um homem muito ocupado (tinha uma missão importantíssima), pois também ele tinha também obrigações e não queria que Jesus se prendesse com seus problemas sendo que Ele tinha uma humanidade inteira para cuidar. Jesus admirou-se com a fé daquele homem e mandou-o para casa, pois, chegando lá seu empregado estava curado.Nessa passagem evangélica podemos notar a fé raciocinada do soldado, a Fé engrandecida pelos conhecimentos da grande missão de Jesus, purificada pela humildade, santificada pela prece na pessoa do centurião, que o mestre ainda disse: ‘Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel achei tamanha fé!
  • ‘.Pela certeza de um futuro certo, a fé nos serve como incentivo e alavanca de progresso e força para superar obstáculos. A fé raciocinada nos faz caminhar em linha reta, pois temos a certeza do caminho claro a ser seguido.Segundo momento: Explicar que nossa fé é uma chama, que não podemos deixar apagar. Acender uma velinha.Perguntar: - Como apagamos uma chama? Vento. Então vamos testar essa chama, vamos avaliar a nossa fé?

Terceiro momento:

ATIVIDADE: Fazer um leque, sentar em círculo em volta da vela. Explicar que existem muitas circunstâncias no mundo testando a nossa fé. As dificuldades, as tristezas... Assim como agora a vela está com muitos leques a sua volta.Contar a estória “A lição do jabuti” e pedir para que nos momentos ruins (nos quais eles sentirem que o personagem sentiu tristeza, raiva, desespero, angústia, eles abanem, tentando apagar a vela). Quando forem momentos bons, de alegria, amor, paz, eles parem. Se a vela apagar, o evangelizador acende novamente.Ao fim da estória, dizer que a chama é como nossa fé. Ela é bonita e brilha dentro de nosso peito. Mas, com as dificuldades da vida, muitas vezes ela quase apaga. Se a tristeza nos domina, esquecemos dela. Por isso devemos estar sempre a exercitando, estudando o evangelho, pra que não deixemos que ela se apague. Perguntar se eles perceberam que as vezes que ela apagava, alguém acendia. Explicar que é o papel de nosso mentor: sempre nos amparando quando estamos em dificuldade. Devemos ter fé, porque não estamos sozinhos, Deus nos ampara.

Quarto momento:

Atividade escrita ou desenhos para colorir

Prece Final

terça-feira, junho 01, 2010

Este blogger foi criado pelo grupo Evangelizadores do Amor para facilitar o trabalho da Evagelização Espírita Infantil de Carmo do Cajuru - MG. Nele encontram-se as aulas que trabalhamos com nossos evangelizandos.....esperamos que possa ajudar todos os visitantes....