Aula para o dia 28/05/2011
Tema: Honestidade
1º momento: história “O Roubo” escrita por Célia Xavier Camargo.
O ROUBO
Quando os alunos chegaram à escola naquela manhã o ambiente estava tumultuado.
_ A televisão foi roubada!
Um espanto! Curiosos e horrorizados, dirigiram-se todos para a sala de TV do colégio e constataram que realmente, o suporte estava vazio.
Comentavam que alguém entrara, à noite, e roubara a televisão comprada com tanto esforço.
_ Quem teria feito essa maldade? – perguntou um dos professores.
_ Ignoro – respondeu o diretor.
_ Alguma pista? – indagou alguém com tendência a detetive.
_ o diretor pensou um pouco, e respondeu:
_ Bem, não foi arrombada nenhuma porta ou janela. Infelizmente isso faz supor que o responsável seja alguém muito próximo da escola. Além disso, como podem ver, existe uma trilha de pegadas cheias de lama.
_ Marcas de pés enlameados?!...
A imaginação correu solta. Quem andaria em chão de terra, e que pudesse sujar o piso da escola?
Imediatamente, alguns alunos se voltaram para Toninho, com olhos acusadores.
Toninho era o garoto mais pobre da escola e morava numa chácara nos arredores da cidade. Estudava com bastante dificuldade e vestia-se muito simplesmente. Não raro, quando chovia, constrangido ele deixava os sapatos alameados na porta, e entrava descalço para não sujar a sala.
_ Foi ele, senhor diretor! – acusou um aluno apontando-o com o dedo em riste.
O garoto, apesar de surpreso, respondeu sereno:
_ Por que está me acusando, Jorge? Nunca roubei nada!
_ Porque você é o garoto mais pobre da escola.
_ E daí? – retrucou Toninho.
_ Outro dia mesmo você estava contando que não tem televisão em sua casa, e falava como gostaria de ter uma!
_ È verdade. Contudo, isso não prova que roubei a TV da escola! – defendeu-se Toninho.
O diretor interferiu:
_ Ele tem razão, Jorge. O fato de Toninho não ter televisão não quer dizer que tenha roubado uma. Não se pode acusar alguém sem provas.
_ E os sapatos dele? Vivem sujos de barros! – afirmou outro garoto.
E a confusão se estabeleceu. A maioria dos alunos tomou o partido de Toninho, que era muito estimado; outros ficaram do lado de Jorge, na acusação.
No momento em que os ânimos estavam acirrados, entra na sala um dos professores com o aparelho de TV nos braços.
_ Com licença! Com licença! Deixem-me passar!
Alunos e professores, perplexos, afastaram-se abrindo espaço ao professor Henrique. Ao ver o diretor à sua frente com ar de interrogação, o professor explicou:
_ Desculpe-me, diretor, não ter avisado que ia levar o aparelho para consertar. Ontem, quando fui testá-lo, vi que estava com um defeito, e como tinha programado passar um filme para os alunos hoje, voltei à escola e peguei a TV. Satisfeito, levou
o aparelho até o suporte vazio, colocou-o no lugar e depois, em meio do silencio geral, sorriu:
_ Pronto! Agora está em ordem.
Só então percebeu que todos estavam estranhamente calados.
_ Estão com uma cara! Aconteceu alguma coisa? – perguntou.
O diretor respondeu, sério:
_ Aconteceu, sim, mas está tudo em ordem agora. Graças a Deus você chegou Henrique, impedindo que se cometesse uma injustiça. E aprendemos uma lição: que não se deve julgar ninguém.
Jorge e sua turma, envergonhados, aproximaram-se de Toninho e o abraçaram, pedindo perdão.
_ Estou me sentindo muito mal, Toninho. Fui preconceituoso e compreendo agora que pobreza não significa falta de honestidade.
Você me perdoa? Quero que sejamos amigos. Amigos de verdade!
_ Claro que perdoo, Jorge.
Abraçaram-se, para satisfação de todos os presentes, e Jorge falou:
_ Você é mesmo um grande garoto!
Toninho sorriu, depois completou, em tom de brincadeira:
_ Mas tome cuidado, Jorge! Não se esqueça de que Jesus ensinou que cada um será julgado conforme julga os outros.
Comentar a história, dentro do tema: HONESTIDADE. Deixar que as crianças falem o que entenderam, sempre guiadas pelo evangelizador.
2º momento: Dinâmica “Para quem você tira o chapéu?”
Objetivo: estimular a auto estima e a honestidade.
Materiais: um chapéu e um espelho.
Desenvolvimento:
o espelho deve estar colocado no fundo do chapéu.
o evangelizador escolhe uma pessoa do grupo e pergunta se ela tira o chapéu para a pessoa que vê e o porquê, sem dizer o nome da pessoa.
pode ser feito em qualquer tamanho de grupo e o evangelizador deve fingir que trocou a foto do chapéu antes de chamar o próximo participante.
É um ótimo momento para o adolescente se auto avaliar.
O evangelizador pode enfocar as perguntas na família, na sociedade, no próprio grupo, na escola, não esquecendo que ninguém saberá quem é a pessoa que está no chapéu.